Estamos em plena era do conhecimento e da inovação, na qual a única estratégia a ser utilizada é simples e bem conhecida: “Se ficar o bicho come, se correr o bicho pega”.
A inovação acelerada, a economia compartilhada e o surgimento apressado de startups estão colocando o mundo empresarial de cabeça para baixo.
Novas empresas surgem a partir de ideias inéditas e algumas delas, em pouco tempo, passam a valer bilhões de dólares sem grandes investimentos e superando números de líderes globais nos segmentos que entram.
Como exemplo “espantoso” temos a “Airbnb”, serviço on-line para as pessoas anunciarem, pesquisarem e reservarem acomodações em qualquer parte do mundo.
Sem investimento fixo importante, a empresa passou a ter mais quartos oferecidos ao mercado que a rede Marriott, maior complexo de hotéis do mundo, que investiu bilhões de dólares para montar sua estrutura.

Líder Inovador
Uma frase de Steve Jobs define bem como deve ser o perfil do empresário nesse cenário: “A inovação distingue um líder de um seguidor”.
Para adentrar nessa nova era, que deixa de ser opção e passa a ser atitude obrigatória para se manter e se diferenciar no mercado, os líderes devem cultivar a cultura inovadora na sua empresa e junto à sua equipe, além de ficar, mais do que nunca, atentos às variáveis externas que interferem no seu negócio: Novo perfil do consumidor, concorrência acirrada, tecnologia disponível, globalização, legislação, política e economia.
Ideias Inovadoras
Atitudes inovadoras no varejo podem incluir desde implantação de dispositivos tecnológicos até novas posturas quanto ao relacionamento com clientes e com a própria equipe de colaboradores.
Nos Estados Unidos, estão fazendo muito sucesso inovações tecnológicas no varejo como o “Beacon”, a “Vitrine Interativa” e o “Provador Virtual”.
O primeiro é um dispositivo do tamanho de um caixa de fósforo que é afixado na parte externa da loja. A partir de um aplicativo, o mesmo emite um sinal para o smartphone de pessoas que passam num perímetro de uns 100 metros e envia mensagens de lançamentos e/ou promoções da loja.
As vitrines interativas e os provadores virtuais, por sua vez, utilizados tanto na loja física como no e-commerce, maximizam a experiência de compra, especialmente das mulheres.
Conselho de Clientes
Uma ação que tem feito muito sucesso e dá muito retorno a custo reduzido é a criação de um “Conselho de Clientes”, que pode ser composto por uns cinco clientes de perfis diferentes, que se reúnem com o gestor da loja bimensalmente, a fim de discutir vários assuntos: atendimento, linha de produtos, propaganda, vitrine, pós-venda, sugestões diversas etc.
Os clientes, atualmente, têm interesse em serem mais participativos e, com certeza, aceitariam um convite para participar do conselho. Como motivação adicional aos conselheiros, a loja pode oferecer algum brinde ou um desconto nas suas compras.
O sucesso da “Amazon brasileira”
Magazine Luiza é, sem dúvida, a empresa varejista brasileira que melhor traçou uma estratégia inovadora bem sucedida que integra (e expande) o negócio físico e o on-line (e-commerce e marketplace).
Comprovando que o “omnichannel” é a melhor alternativa para o cenário atual do varejo, a empresa reflete seu sucesso em números extraordinários: no último ano, suas vendas totais aumentaram 36% e o lucro bruto saltou 54%!
O ritmo é de Amazon, mas o DNA é brasileiro.
Prof. Leopoldo Andretto
@leoandretto
abeeon.com/andretto
Graduado e pós graduado pela FGV, com cursos de especialização na Universidade da Califórnia, San Diego, que possui 16 Prêmios Nobel (dois em Economia), onde é palestrante convidado e coordenador dos cursos de Gestão Estratégica e Inovação para executivos do Brasil. Foi coordenador dos MBAs da FGV Management, sendo atualmente consultor empresarial nas áreas de Estratégia e Gestão de Inovação.